Butão
Fevereiro 2019

Deve fazer três anos que escutei falar do Butão pela primeira vez. Este pequeno país, com apenas 800 mil habitantes, esmagado pela China e Índia, ficou conhecido como o “país mais feliz do mundo” desde que seu rei resolveu medir o desenvolvimento do país pela felicidade de seus habitantes, o FIB (Felicidade Interna Bruta). Além disto, é um dos países mais budista do mundo, sendo considerado o último Shangri la. Certamente eu estava curiosa. Afinal, apesar da recente abertura tecnológica e turística, o Butão é extremamente fechado. Seus habitantes não podem sair do país sem permissão (alô? liberdade?). Turistas só podem viajar ao país acompanhados de guias locais. Uma dúvida pairava em minha cabeça: seria o Butão uma uma versão mais amena e budista da Coréia do Norte? Seria o FIB um marketing? Ou não? Acho importante sermos curiosos e principalmente questionadores.
FIB (Felicidade Interna Bruta)
Diferentemente do que imaginamos quando pensamos em “Felicidade Interna Bruta”, no Butão isso não significa distribuir sorrisos sem parar (o que de fato acontece bastante). Na realidade é um conceito bem mais amplo, que envolve 9 dimensões:
1. Bem-estar Psicológico
2. Uso do Tempo
3. Vitalidade da Comunidade
4. Cultura
5. Saúde
6. Educação
7. Diversidade do Meio Ambiente
8. Padrão de Vida
9. Governança
O FIB só existe no Butão. Consequentemente, foram eles mesmos que se intitularam o “país mais feliz do mundo”.










TURISMO
Não é naaaaada fácil visitar esse país. Primeiro você deve escolher uma agência de viagem autorizada pelo governo e entrar em contato com a mesma. Onde? No site oficial do governo há uma lista, ou, por indicações. Nós indicamos a Heavenly Bhutan. Então, vocês vão organizar juntos sua viagem ao Butão: quantos dias, cidades, programação, etc. A agência se encarrega de comprar sua passagem (são poucas as cidades/países que tem voo para o Butão), solicitar o visto e reservar os hotéis. Todo estrangeiro visitando o Butão deve pagar uma taxa diária de no mínimo 230 dólares. Pode parecer caro em um primeiro momento, mas essa taxa cobre sua hospedagem, alimentação (café da manhã, almoço e janta), todo o transporte dentro do país e passeios. Não está incluído o valor do visto, passagem de ida e volta, alimentações/bebidas fora do programado e compras. Basicamente, os guias te pegam no hotel após o café da manhã, há programações pela manhã, pausa para almoço, programações a tarde e lá pelas 16:00 eles te deixam no hotel novamente. Eles são bem flexíveis quanto ao itinerário. Se quiser mudar algo, é só falar! Não, não tem como fazer de outra forma. Sim, é legal no fim. Caso você esteja se perguntando, não há problema algum sair do hotel sem a companhia dos guias e a bebida alcoólica é liberada.
LUGARES
Visitamos as seguintes cidades: Paro, Thimpu, Punakha e Forbdikha.
ROTEIRO
Passamos sete dias no Butão que incluiram as seguintes atividades:
Visita ao Tachogang Lhakhang


Visita a única Fábrica de Papel do Butão. Nos mostram todo o processo de feitura do papel, que inclusive é todo artesanal.
Visita a Escola de Artes e Ofícios onde os estudantes aprendem 13 diferentes tipos de artes usadas no Butão.




Assistir e praticar arco e flecha, o esporte nacional do Butão.


Visitar inúmeros templos, incluindo o Templo da Fertilidade (reza a lenda que eles fazem mialagre com quem não está conseguindo engravidar) a Maior Estátua de Buda Sentado do Mundo e o Centro Astrológico. Neste último eu tive a oportunidade de ser avaliada por um monge para saber meu número da sorte e meu elemento